terça-feira, 23 de novembro de 2010

À espera de ninguém

Eu ainda vou continuar esperando, se você disser que vem. Mesmo que diga que venha só depois da meia noite, às 17h eu já vou tremer minhas pernas pra te esperar. Vou preparar seu suco preferido, colocar na mesa biscoitos e pães e ligarei a TV sem prestar atenção, distraída na espectativa que você venha. Ainda que não dê certeza, a dúvida será mais do que certa pra mim: eu vou te esperar, mesmo que você não venha. E se você ligar dizendo que não vem, eu vou deixar a mesa posta e a TV ligada, porque, junto comigo, elas vão te esperar. Talvez pro outro dia. Minha cama vai continuar bagunçada, pra você ver o quanto eu me mexo ao dormir quando voce não está aqui; os sapatos continuarão espalhados pela casa, as janelas escancaradas e porta entreaberta pra você entrar sem bater. Além da casa, o coração também vai te esperar: quentinho, miúdo e bagunçado pela espera de você.