segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Amanhã eu vou sorrir, eu sei. Mas é que se todo mundo visse o que eu vejo seria mais fácil.
Tire essa máscara que te reveste, essa proteção que te impede de sentir o calor do mundo lá fora. Me diga o que sente, o que quer de mim, o que quer que eu queira de ti.
Deixa que eu corra atrás, mas que eu corra pra encontrar.
Que necessidade é essa de manter a situação no controle, deixe que ela saia do planejado, deixa que a gente descobre quão errado é tentar fazer o certo; que eu te mostre quão ruim é o bom para você.
Tiro todas as minhas meias e meus sapatos: o que resta pra eu poder pisar nos cacos? Tento fugir deles ao máximo, desviar por outro caminho e manter meus pés limpos e vivos; mas a chuva cai lá fora e já molhou minhas pernas e virou meu corpo ao avesso – me fez sentir que eu to viva. E é disso que eu preciso. Me aventurar, quebrar todas as barreiras e chutar a porta; andar descalça e sem protetor solar. Deixar a chuva molhar meu corpo e sentir cada célula enxarcada. Tenho que deixar tudo passar. Preciso sentir a dor de ser transparente.
Não vê que o tempo todo eu to te pedindo a outra parte de mim?

Só não me venha com bobagens.



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segunda-feira, 22 de junho de 2009

"Oh, can you hear me now? Minha voz está gritando pela sua, pedindo pra que acabe com esse silêncio e que tire de si a armadura. Venha, mesmo que seja pra chorar, mas venha. Não me faça esperar mais, meu amor. Não me peça pra esperar. Me fala assim, baixinho, que meu ouvido tá só esperando pra te ouvir. Diga que fica, que passou. Que fica abraçado para sempre só ouvindo meu coração bater devagarzinho. Mas não me faça esperar mais, meu amor, por favor."

sexta-feira, 10 de abril de 2009



Já ouviu o som da noite durante o dia?

terça-feira, 31 de março de 2009



Derrama sobre mim tuas palavras feito água molhada. Perca o foco para que escorra lentamente, deixe a fluidez se dissipar buscando um ponto de equilíbrio, e deixe que caiam pelos cantos para que eu possa me manter mais perto.
Derrama sobre mim o teu suor, as tuas lágrimas. Deixe que cada gota se transforme em cachoeira, que cada pano se encharque de você, e que cada soluço de prazer se torne gota de agonia.
Deixe que eu saia pelo cano, que vá ao seu encontro e que o choque nos faça transbordar.