terça-feira, 20 de abril de 2010

Angst

Começo olhando pela janela o agitar do mar, suas ondas indo e vindo indo e vindo indo e vindo. Depois de um dia de desapegos, nada como uma janela pra olhar o mundo de cima. Tem sido fácil expurgar lamúrias sobre a minha sede de gente que não passa, assim boto a culpa dos desencantos nelas e mantenho o narciso que há em mim. Digo que sou assim, porque sou mesmo. O humano em si é egoísta, quero ver provarem o contrário. Tenho evitado me olhar no espelho, com medo de ver refletido na minha pupila o meu próprio horror. Cada passo que dou tem sido tentando ser novo, mas sei que não há nada de novo em tentar inovar. "O novo já é velho faz tempo", e você me conta uma mentira e eu acredito. Diz que o que comprou foi pra mim, que o você me deu é de si e que o seu olhar não é de aflição.
Toda noite sonho com quem não conheço.
Todo dia é um devir do amor.

Um comentário:

parapluie. disse...

eu gosto muito dessa palavra alemã. tipo "parapluie" do francês.
=*